23 de setembro de 2014

PROIBIDO - TABITHA SUZUMA

PROIBIDO - TABITHA SUZUMA

Ela é doce, sensível e extremamente sofrida: tem dezesseis anos, mas a maturidade de uma mulher marcada pelas provações e privações da pobreza, o pulso forte e a têmpera de quem cria os irmãos menores como filhos há anos, e só uma pessoa conhece a mágoa e a abnegação que se escondem por trás de seus tristes olhos azuis. Ele é brilhante, generoso e altamente responsável: tem dezessete anos, mas a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida, e só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter que se escondem por trás daqueles intensos olhos verdes. Eles são irmão e irmã. Mas será que o mundo receberá de braços abertos aqueles que ousaram violar um de seus mais arraigados tabus? E você, receberia? Com extrema sutileza psicológica e sensibilidade poética, cenas de inesquecível beleza visual e diálogos de porte dramatúrgico, Suzuma tece uma tapeçaria visceralmente humana, fazendo pouco a pouco aflorar dos fios simples do quotidiano um assombroso mito eterno em toda a sua riqueza, mistério e profundidade.


NOTA SOBRE O LIVRO:

Lochan é um garoto introspectivo. As pessoas tem mania de massacrá-lo por ele não ser uma pessoa sociável. Ele é o irmão mais velho, prestes a completar 18 anos e que carrega uma carga absurdamente pesada. 

A mãe, uma quarentona alcoólatra que ainda se considera uma garotinha de 15 anos e que precisa viver de um falso glamour. Abaixo de Lochan está Maya, que também carrega o fardo da responsabilidade pelos irmãos nas costas porque sua mãe está sempre curtindo uma ressaca. Os dois mais velhos são super protetores com os 3 mais novos e estão sempre lá por eles, mesmo com uma vida difícil e limitada.

Kit é um garoto de 13 anos completamente rebelde e problemático. Agora está até envolvido com drogas e este é todo o reflexo de uma família destruída, desestruturada. A negligência destes pais provoca danos terríveis na vida destas 5 "crianças". A mãe que vive no mundo do faz de conta com o atual namorado e o pai que simplesmente sumiu no mundo ao formar uma nova família.

O que poderia ser considerado mais errado, mais absurdo, mais forte e mais tenso, acontece. Maya e Lochan se apaixonam. Sim, eles são irmãos, mas estão apaixonados um pelo outro e não há nada ou ninguém que possa substituir um para o outro. Eles lutam bravamente contra este sentimento por saberem que é algo considerado muito errado. O incesto! No entanto, até que ponto eles conseguirão se manter distantes desse sentimento que devasta seus corações?

Este livro é uma avalanche de emoções. Ele é muito intenso e não no sentido de cenas fortes de sexo, mas sim, de cenas fortes de emoções, de sentimentos, de contradições, de medos e de incertezas. Tive que parar várias vezes a leitura para pensar um pouco melhor sobre o que estava lendo e refletir sobre os acontecimentos.

O final dele é algo que eu não imaginei que aconteceria, mas dadas as circunstâncias, acho que isso é o mais próximo da realidade. Ainda estou pensando muito a respeito e me segurando muito para não chorar. Uma dor quase que física e sinceramente, muitas dúvidas sobre o que eu realmente penso a respeito desta história. Ainda assim, posso afirmar que entendo a situação de Lochan e Maya, pois para eles, a responsabilidade de uma casa, de crianças que não eram deles senão irmãos se torna tão parte deles que é como se tudo aquilo fosse a coisa mais normal do mundo. Não dá para encarar esta história como natural ou como algo que aconteça todos os dias, pois definitivamente o incesto é algo que não dá mesmo para aceitar, mas pensando por outro lado, o que Lochan e Maya tiveram de orientação, de base familiar ou de limites? 

O pai simplesmente sumiu no mundo e a mãe, mesmo com tudo que acontece ao longo da trama não mudou em absolutamente nada!

Não sei, acho que preciso pensar melhor a respeito desta história, conversar com outras pessoas que já leram para traduzir melhor o que estou sentindo agora! De qualquer forma acho que a gente se envolve tanto na dor e no desespero deles dois, que acabamos de certa forma torcendo pelo amor, mesmo que este amor não seja o certo!

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