27 de maio de 2015

SÉRIE - OS BEDWYNS - LIGEIRAMENTE CASADOS - #01 - MARY BALOGH

LIGEIRAMENTE CASADOS - #01 - MARY BALOGH

À beira da morte, o capitão Percival Morris fez um último pedido a seu oficial superior: que ele levasse a notícia de seu falecimento a sua irmã e que a protegesse Custe o que custar!. Quando o honrado coronel lorde Aidan Bedwyn chega ao Solar Ringwood para cumprir sua promessa, encontra uma propriedade próspera, administrada por Eve, uma jovem generosa e independente que não quer a proteção de homem nenhum.

Porém Aidan descobre que, por causa da morte prematura do irmão, Eve perderá sua fortuna e será despejada, junto com todas as pessoas que dependem dela... a menos que cumpra uma condição deixada no testamento do pai: casar-se antes do primeiro aniversário da morte dele o que acontecerá em quatro dias.
Fiel à sua promessa, o lorde propõe um casamento de conveniência para que a jovem mantenha sua herança. Após a cerimônia, ela poderá voltar para sua vida no campo e ele, para sua carreira militar.
Só que o duque de Bewcastle, irmão mais velho do coronel, descobre que Aidan se casou e exige que a nova Bedwyn seja devidamente apresentada à rainha. Então os poucos dias em que ficariam juntos se transformam em semanas, até que eles começam a imaginar como seria não estarem apenas ligeiramente casados...
Neste primeiro livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh nos apresenta à família que conhece o luxo e o poder tão bem quanto a paixão e a ousadia. São três irmãos e três irmãs que, em busca do amor, beiram o escândalo e seduzem a cada página.


NOTA SOBRE O LIVRO:

A série Os Bedwyns é composta por seis (06) livros.

Tratam-se de romances de época e esta história, Ligeiramente Casados, tem seu início em Abril de 1814... Foi em Toulouse/França que ocorreu a batalha onde Percival Morris, nomeado Capitão pelo Coronel Aidan Bedwyn, após salvar-lhe a vida em outra batalha, acabou sendo gravemente ferido e veio a falecer. Percy sabia que sua única irmã enfrentaria problemas em função da sua morte, então, como alternativa para salvá-la, viu em seu Coronel a proteção ideal. Assim, pediu ao Coronel Bedwyn que não só levasse a notícia de sua morte à sua irmã, como também a protegesse (a qualquer custo). 

De acordo com as tradições da época, o primeiro filho seria o herdeiro ao ducado, o segundo aos serviços militares e o terceiro ao clérigo. Aidan, era o segundo filho, portanto, aquele que seguiu a tradição familiar e partiu rumo aos campos de batalha, servindo seu país.

Eve Morris estava contando os dias para tirar o luto pelo falecimento do pai e para o retorno do irmão, quando recebeu a notícia do falecimento de Percy pelo Coronel Bedwyn. Fato é que o pai de Eve e Percy, o velho Morris, havia deixado em testamento a propriedade Ringwood em favor da filha, mas a condição era que ela seria detentora deste direto somente até o dia de completar um ano de sua morte. Se neste período ela não se casasse, a propriedade passaria então aos cuidados do filho Percy. No caso de Percy morrer dentro deste prazo de um ano, como era previsto pelo pai devido à carreira militar do filho, a propriedade seria passada ao sobrinho Cecil Morris, um sujeito intragável. Os planos de Percy era de passar em testamento a propriedade aos cuidados da irmã, mas, por infelicidade do destino, Percy se foi antes do previsto e Eve estaria a própria sorte. Mesmo diante da imposição testamental do pai, Eve nunca se sujeitou casar com os pretendentes que o pai lhe arranjava e nem mesmo com os que surgiram após o falecimento dele. Sendo detentora da propriedade Rignwood, Eve matinha diversas pessoas sob sua tutela, pessoas essas que eram marginalizadas e depreciadas pela sociedade. Pessoas que só tiveram uma oportunidade porque ela não fazia distinção de nada e nem de ninguém. Dentre essas pessoas havia duas crianças órfãs a quem ela tinha como seus filhos. Eve, uma mulher independente, teimosa, generosa, caridosa e bela.

Cecil, por ser ambicioso, arrogante e insuportável, tentou se casar com a prima apenas pelo interesse e garantia de por suas mãos imundas na fortuna da moça, no entanto, claro, fora rejeitado então, pouco se importava com o rumo que Eve e as pessoas que dependiam dela tomarião. Como Eve não se abre com Aidan sobre suas preocupações, ele usa a arrogância de Cecil em seu favor e descobre as intenções do ardil e repugnante homem, já que em suas tentativas de aproximação com Eve não foi bem sucedido.

Eve não era uma mulher fútil e vazia. Ao contrário. Ela era uma mulher corajosa e que sabia seu valor. Muito embora vivia no campo e a sociedade não via com bons olhos a independência feminina, ela deixava claro sua posição perante todos. Eve não era uma mulher como tantas outras. Apesar das limitações ela tinha consciência de que poderia fazer algo pelas pessoas menos favorecidas com sinceridade e não apenas como as damas da sociedade faziam para serem notadas.

Uma vez imposta a palavra dada a Percy, Aidan, que era um homem honroso, jamais abriria mão de cumprir com sua promessa. Um homem de caráter jamais volta atrás em sua palavra. Ambos então entraram neste "negócio", apenas para a salvação de Eve, mas, não preciso nem dizer que fagulhas de interesse já percorrem o corpo e a mente de ambos, muito embora, nenhum dos dois deem o primeiro passo, até porque, estão a menos de 48 horas casados. Aidan parte para a casa de sua família, onde encontrará os irmãos e Eve permanece em Ringwood com os seus. Ao descobrir sobre o casamento de conveniência do irmão, Wulfric (Wulf), o duque de Bewcastle não aceita tal arranjo e exige que Lady Aidan seja devidamente apresentada à nobreza tal qual reza a tradição, no entanto, nada será tão fácil para Eve, o que de certa forma, servirá para mostrar ainda mais seu valor e sua personalidade perante os Bedwyns. Não é porque é uma camponesa, embora abastada financeiramente, que Eve se deixará ser humilhada e muito menos controlada, dominada, subjugada. Ela dá uma clara demonstração de sua força e determinação quando não se sujeita a tudo que eles exigem, principalmente quanto ao duque de Bewcastle e a marquesa de Rochester, fazendo com que assim, eles a vejam com outros olhos e não somente como a mulher de classe inferior que eles julgam.

Por mais que Aidan tentasse não se impressionar, por mais que ele tentasse provar a si mesmo que aquele casamento não passava de um acordo, mesmo que os familiares mais próximos soubessem da necessidade daquele arranjo, em vários momentos Aidan se pegava impressionado com o fascínio que Eve exercia sobre ele. Aidan Bedwyn, um homem que não era considerado bonito, era sempre muito sério, austero e nunca era visto sorrindo. Ao contrário, era extremamente sexy e muito desejado por sua aparência máscula e do uniforme militar, que já naquela época despertava o fetiche feminino. 

A convivência com Aidan fez de Eve uma mulher tão forte que ela não precisava de muito esforço para entender que John, aquele que fora seu amor em um tempo não muito distante e por quem ela esperava, nunca quis casar-se com ela, tendo em vista que os objetivos de sua família eram outros e que não a incluíam, por não pertencer a uma família nobre. Um sinal e uma insubordinação. Talvez tenha sido esse o caminho que fez Aidan perceber que em Eve havia muito mais do que mera gratidão. Aidan que sempre fora um homem rodeado de protocolos e tradições, estranhava a afeição e a liberdade que os criados de Eve tinham em sua casa. Isso porque Eve não os tinham como criados e sim como amigos, como família.

Adorei a leitura e recomendo que você acrescente-o em sua lista de próximas leituras também!

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